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  • Vendas no varejo aumentaram 2,5% no Brasil em janeiro, segundo o IBGE


  • Elevação superou as expectativas de economistas consultados pela Reuters

O varejo brasileiro começou 2024 com o maior crescimento no volume de vendas em um ano, superando as expectativas e recuperando o ritmo após a fraqueza vista do final do ano passado, em meio a uma situação econômico mais positiva.

Em janeiro, as vendas no varejo cresceram 2,5% em relação ao mês anterior, revertendo a queda de 1,4% em dezembro, registro mais forte desde janeiro de 2023 (+2,5%).

A informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compartilhado nesta quinta-feira ficou elevado acima da expectativa em levantamento da Reuters de alta de 0,2%.

"Janeiro passou a ser bom porque o Natal também não foi muito bom. Aí muitos setores investem em liquidações e promoções, tanto que as maiores quedas de dezembro foram as maiores altas em janeiro", relatou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Comparado ao mesmo mês do ano anterior, as vendas tiveram um marco de avanço de 4,1%, contra expectativa de alta de 1,3%.

Em janeiro, o setor estava operando 5,7% acima do nível pré-pandemia registrado em fevereiro de 2020 e 0,8% inferior de seu limite recorde, alcançado em outubro de 2020

O varejo finalizou 2023 com um aumento das vendas. 

De acordo com dados do PIB, o consumo das famílias teve um aumento de 3,1% no ano passado aumento.

"O varejo começa o ano com uma cara melhor, mas vale ressaltar que os dados do comércio seguem intercalando movimentos consecutivos de altas e baixas e com importante heterogeneidade entre as atividades pesquisadas... Portanto, parte do movimento de hole deve ser visto como reflexo de um dezembro mais fraco e não como uma nova tendência" destacou João Savignon, chefe de pesquisa macroeconômica da Kinitro Capital

Para 2024, especialistas consideram que o mercado de trabalho continuará aquecido e com uma inflação controlada devem impulsionar as vendas.

Entretanto, embora os juros altos ainda influenciem, mesmo diante do afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central.

"O mercado de trabalho aquecido, a continuidade do ciclo de cortes da Selic e o cenário mais favorável para o consumo e para o crédito devem impulsionar o varejo este ano, principalmente os segmentos mais dependentes de financiamentos, disse Rafael Perez, economista da Suno Research.